segunda-feira, 15 de julho de 2013

Geografia Arnaldo Brandão Litoral de norte a sul texto resumo 6 anos e 701 ano



Litoral de norte a sul


Do olhar estrangeiro, responsável pelas primeiras observações geográficas sobre o litoral brasileiro, até estudos mais recentes, que mostram a transformação dos seus 7,408 km de extensão


Mauricío Barroso

Banhada pelo Oceano Atlântico, a costa brasileira tem características particulares e diversas ao longo de seus mais de 7 mil quilômetros de extensão, com praias, falésias, dunas, mangues, baías, restingas e outras formações que impressionaram os primeiros europeus que aqui chegaram. Mesmo com sua riqueza natural explorada desde os anos de 1500, essa "faixa de areia" que vai do Norte ao Sul do País ainda preserva sua beleza e as características geográficas descritas na carta de Pero Vaz de Caminha ao rei de Portugal: "Essa terra, Senhor, me parece que da ponta que é mais contra o sul vimos até a outra ponta que contra o norte vem, de que nós deste porto houvemos vista, será tamanha que haverá nela bem 20 ou 25 léguas por costa. Tem, ao longo do mar, nalgumas partes, grandes barreiras, delas vermelhas, delas brancas e a terra por cima toda chã e muito cheia de grandes arvoredos, de ponta a ponta, é toda praia parma, muito chã e muito formosa".
A formosura prosada por Pero Vaz de Caminha é considerada o primeiro registro histórico sobre o Brasil. Com observações minuciosas, o escrivão contou o que viu e também o que não viu: "Nela, até agora, não podemos saber que haja ouro, nem prata, nem coisa alguma de metal ou ferro, nem lhe vimos", relatou Caminha a respeito da, até então, não existência da riqueza tão procurada.
O olhar estrangeiro foi responsável pelas primeiras observações geográficas, astronômicas e científicas em terras brasileiras. Na pesquisa "O Brasil nos relatos de viajantes ingleses do século 18", a mestre em História dos Descobrimentos e da Expansão Portuguesa pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, Ângela Domingues, explica que alguns autores contemporâneos afirmam que a descoberta científica do Brasil pelos europeus data do século 19. "Esses autores argumentam que só após 1808 teria se iniciado um reconhecimento científico sistemático da colônia luso-brasileira por viajantes franceses, alemães, russos e ingleses [...] detentores de interesses científicos, comerciais e econômicos notórios em relação aos domínios coloniais europeus".
Para a pesquisadora, esse processo se deveu ao forte interesse político que ingleses e alemães teriam sobre a região, fato que os tornariam os protagonistas no processo de produção científica que renovou o conhecimento que a Europa Oitocentista tinha a respeito do Brasil. "Os trabalhos de John Mawe, Thomas Lindley, Henry Koster, Maximiliano de Wied-Neuwied, ou do Barão de Eschwege, editados, reeditados e traduzidos a uma velocidade vertiginosa, renovaram os lugares-comuns usados na prosa de autores como o Abade Prévost, ou M. de La Harpe, que, em pleno 'Século das Luzes', descreviam o Brasil como um lugar maravilhosamente estranho, encantado e selvagem, com base em informações recolhidas por fontes portuguesas, francesas, inglesas e holandesas entre os séculos 16 e 17", relata Ângela. Entretanto, ela pondera que, embora compreenda a posição defendida por esses autores, a Europa Setecentista também teve sua contribuição científica, mesmo que lenta e corrigida à medida que a ciência e a sua metodologia avançavam.
Praia da Pipa- A Praia da Pipa está localizada no município de Tibau do Sul, cando a 85 km de Natal (RN). A principal característica da praia é a junção entre dunas sobrepostas no horizonte que acabam em falésias sedimentares geomorfologicamente criadas pela ação do mar e dos ventos.
Praia do Forte, Salvador (BA)
CORSÁRIOS E PIRATAS
A pesquisa considera igualmente importante o conhecimento trazido durante o século 18 por marinheiros, traficantes, corsários e piratas, que produziram registros em forma de roteiros de viagem e mapas. Isso contribuiu para que o litoral brasileiro fosse mais bem compreendido pela elite europeia da época. "Se não sobre a terra, sobre o interior do subcontinente sul-americano e sobre as jazidas de ouro e diamantes que se sabia existir, mas não localizar, seguramente os seus relatos trouxeram informações sobre o litoral, sobre os portos e sobre a linha de costa que tiveram uma importância notória para marinheiros, viajantes e particulares com interesses científicos e comerciais," acredita a pesquisadora.
São ainda mais significantes as escritas de corsários e piratas, quando se sabe que o interesse geográfico por regiões costeiras marinhas não foi sempre uma constante, já que existia receio por mares e praias entre os séculos 17 e 18. De acordo com a doutora em Geografia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Flavia M. Lins de Barros, em seu estudo "Tradição da Geografia nos Estudos Costeiros", o cenário só muda a partir da leitura da Bíblia sobre a gênese do mundo, na qual são mencionadas algumas teorias catastrofistas que explicariam as formações costeiras. "Pensadores como William Whiston, Burnet e Woodward concordavam que os oceanos, a irregularidade da linha de costa, as areias litorâneas e a disposição incompreensível dos recifes eram vestígios do dilúvio", observa a autora. Ela observa, no entanto, que, ao mesmo tempo, outras percepções sobre o mundo natural eram defendidas por sábios religiosos e poetas que exaltavam a beleza de estar próximo ao mar. Por exemplo, praias e dunas não eram entendidas como resultado da erosão, mas como elementos de uma arquitetura, construída após o dilúvio.
Para Barros, é nesse momento de busca pela explicação da origem da Terra e da compreensão dos mistérios do mar, que o litoral se torna objeto de estudos. A pesquisa explica que, somente em 1694, o sueco Urban Hiärne realizou a primeira pesquisa científica sobre o recuo do mar através de um amplo questionário aplicado aos pescadores escandinavos, cujas respostas foram publicadas entre 1702 e 1706. "Posteriormente, outros estudiosos criaram hipóteses e fizeram mensurações a respeito do recuo do mar", explica a pesquisadora. Ela lembra que, em 1725, Marsigli publicou Histoire Physique de la Mer, o primeiro livro com a temática oceanográfica. Alguns anos mais tarde, o geógrafo Philippe Buache tornou-se conhecido pelas descobertas de mares e de novos contornos entre a Ásia e a América do Norte publicadas em um mapa de 1752.

Litoral de norte a sul


Do olhar estrangeiro, responsável pelas primeiras observações geográficas sobre o litoral brasileiro, até estudos mais recentes, que mostram a transformação dos seus 7,408 km de extensão


Mauricío Barroso
TRISTES TRÓPICOS
MODELO QUATERNÁRIO 
Quaternário é o período da era Cenozoica do éon Fanerozoico que congregava as épocas Pleistocena e Holocena na escala de tempo geológico.
 
NO BRASIL 
A Formação Barreiras foi a primeira unidade estratigráfica documentada no Brasil, por ocasião da redação da carta de Pero Vaz de Caminha ao rei de Portugal, D. Manoel I. Os tabuleiros litorâneos, típicos da Formação Barreiras, têm sido descritos como uma feição geomorfológica não deformada.
Fonte: "A Formação Barreiras: recentes avanços e antigas questões" - Francisco Hilário Rego Bezerra (Dep. de Geologia - CCET-UFRN, Natal, RN); Claudio Limeira Mello (Dep. de Geologia - IGEO/CCMN-UFRJ, Rio de Janeiro, RJ) e Kenitiro Suguio (Departamento de Geologia Sedimentar e Ambiental - IGc-USP).
 
EMBASAMENTO CRISTALINO 
Embasamento cristalino é o conjunto de rochas ígneas ou metamórficas que compõem a porção externa da crosta continental.
Um clássico sobre os estudos brasileiros, a obra do antropólogo francês Claude Lévi-Strauss Tristes Trópicos, publicada em 1955, retrata, no capítulo "Passagem do Trópico", a sua percepção sobre o litoral brasileiro entre as cidades do Rio de Janeiro e de Santos. "O litoral entre Rio e Santos ainda propõe trópicos do sonho. A serra costeira, que em determinado ponto ultrapassa 2 mil metros, precipita-se no mar e recorta-o de ilhotas e enseadas; praias de areia fina rodeadas de coqueiros ou florestas úmidas, transbordantes de orquídeas, vêm bater em paredes de arenito ou de basalto que lhes impedem o acesso, a não ser pelo mar", descrevendo, assim, a terra em que chegará um dos mais importantes intelectuais do século XX, que fez também referência a respeito da visão europeia daquela geografia: "O viajante europeu fica desconcertado com essa paisagem que não se enquadra em nenhuma de sua categorias tradicionais".
Sua extravagante beleza e sua arquitetura única conferem ao litoral brasileiro um potencial turístico ainda pouco explorado. Tem-se a impressão de que, com o crescimento econômico e com a exploração de gás e de petróleo no litoral, o poder público investirá mais recursos ao longo de seus 7,408 km de extensão, que abrange os mais variados tipos de sistemas costeiros, como praias arenosas, falésias ígneas e sedimentares, estuários, dunas e manguezais. "A responsabilidade de formação e manutenção desta ampla linha de costa é prioritariamente associada a três fatores, que atuaram e atuam em várias escalas temporais e espaciais: a herança geológica, omodelo quaternário e a ação da dinâmica sedimentar atual", aponta o artigo "Processos Costeiros Condicionantes do Litoral Brasileiro", de autoria do doutor em Geociência Moysés Gonsalez Tessler e da mestra em Oceanografia Samara Cazzoli y Goya, ambos da Universidade de São Paulo (USP), em pesquisa publicada na Revista do Departamento de Geografia da Universidade de São Paulo em 2005.
De acordo com o artigo, a herança geológica do litoral brasileiro é resultado da reativação pós-paleozoica que deu origem às bacias sedimentares tafrogênicas e à gênese do Oceano Atlântico. Para entender melhor o processo, seria necessário remontar à história geológica há cerca de 150 milhões de anos. A princípio, ocorreu a separação do supercontinente Gondwana, que deu origem à América do Sul, à África, à Austrália, ao Subcontinente Indiano, à ilha de Madagáscar e ao continente da Antártida.
COMPARTIMENTAÇÃO DO LITORAL BRASILEIRO
A costa brasileira é compreendida por diversos elementos climáticos, oceanográficos e geomorfológicos que são condicionantes para sua transformação ao longo do tempo. De acordo com o estudo de Tessler e Samara, a divisão clássica em compartimentos não é um consenso na literatura, mas é bem aceita entre muitos pesquisadores e ajuda a ter uma percepção mais clara sobre a formação do litoral, de maneira que a costa brasileira foi dividida em cinco grandes compartimentos: Litoral Amazônico; Litoral Nordestino de Barreiras; Litoral Oriental; Litoral Sudeste ou de Escarpas Cristalinas; e Litoral Meridional ou Subtropical.
Nessa divisão, o litoral amazônico começa no norte do Amapá, chegando até o Golfão Maranhense, influenciado pela foz do Rio Amazonas. De acordo com o estudo, este segmento costeiro tem como característica possuir planícies com até uma centena de quilômetro de largura, formadas por terras baixas e frequentemente inundáveis. "Além das terras baixas, ocorrem platôs de sedimentos mais antigos que, em vários lugares, alcançam o oceano, formando falésias", explicam os autores.

LITORAL NORDESTINO E ORIENTAL
RELEVO DE TABULEIROS 
Superfície com 20 a 50 metros de altitude em contato com o oceano. Ocupa trechos do litoral nordestino e, geralmente, tem o topo muito plano. No lado do mar, apresenta declives repentinos que formam as chamadas falésias ou barreiras.
 
DELTA 
É uma terminação de um rio no mar ou num lago, numa região onde a sedimentação é muito significativa e onde o curso de água se divide em vários braços.
 
DRENAGEM 
A drenagem fluvial é composta por um conjunto de canais de escoamento inter-relacionados que formam a bacia de drenagem. A quantidade de água que chega aos cursos fluviais depende da área ocupada pela bacia, da precipitação total do seu regime e das perdas devidas à evapotranspiração e infiltração. As bacias de drenagem podem ser assim classificadas:
Exorreicas - quando o escoamento das águas se faz de modo contínuo até ao mar, ou seja, quando as bacias desembocam diretamente no nível marinho.
Endorreicas - quando as drenagens são internas e não possuem escoamento até o mar (podem desembocar em lagos, perder-se no deserto, ou em cavidades cársicas).
Arreicas - quando não há nenhuma estruturação, como nas áreas desérticas.
Criptorreicas - quando as bacias são subterrâneas, como nas regiões cársicas.
Fonte: Instituto Politécnico de Bragança (Portugal)
Já o Litoral Nordestino é compreendido a partir do trecho entre a desembocadura do Rio Parnaíba, que fica entre o Maranhão e o Piauí, até a capital baiana, tendo como arquitetura mais relevante a Formação Barreiras sedimentares e de idade terciária, que apresentam um relevo de tabuleiros. Arenitos ou rochas de praia também são bastante comuns naquela região. A parte Oriental fica entre a cidade de Salvador, na Bahia, e Cabo Frio, no Rio de Janeiro. Esse litoral é caracterizado por ser uma transição entre a região Nordeste e Sudeste. Exemplo dessa mistura de elementos é a presença da Formação Barreiras, que se estende de forma irregular, por todo o litoral, muitas vezes misturando-se com afloramentos do Embasamento Cristalino. No Litoral Oriental, são também comuns os alinhamentos de recifes de arenitos, praias e de corais. Recifes de corais são também encontrados na região do arquipélago de Abrolhos (BA). O estudo observou que as drenagens são mais numerosas do que as do litoral nordestino. "Os Rios Contas, Pardo, Jequitinhonha, Doce, Itabapoana e Paraíba do Sul são responsáveis por aporte fluvial mais significativo, construindo planícies costeiras em delta em suas desembocaduras", revela a pesquisa.
Mata Atlântica
LITORAL SUDESTE E MERIDIONAL
A Serra do Mar, que fica entre as cidades de Cabo Frio (RJ) e a catarinense Cabo de Santa Marta, caracteriza esse litoral. Serra esta constituída por rochas do Embasamento Cristalino que aparecem continuamente nesse espaço. A grande diversidade de paisagens no Litoral Sudeste, com desenvolvimento de extensas planícies costeiras entre Santos e a Baía de São Francisco do Sul, em Santa Catarina, acontece em decorrência da maior ou menor distância entre a Serra do Mar e a linha de costa. "Ao norte deste ponto e no litoral de Santa Catarina, ao sul da Baía de São Francisco, o litoral tende a ser recortado com vários pontos onde a serra atinge diretamente a linha de costa", explicam os pesquisadores. Eles observam que a Serra do Mar também dá origem a diversas baías, como a da Guanabara, a Ilha Grande, Santos, Paranaguá e São Francisco do Sul.
Ao contrário de outros litorais onde os rios fluem para o oceano, nessa área, eles correm para dentro do continente, de forma que o volume fluvial neste litoral não é tão significativo. Os maiores rios da região são o Ribeira de Iguape e o Itajaí-Açú, que deságuam no oceano.
A divisão utilizada no estudo "Processos Costeiros Condicionantes do Litoral Brasileiro" termina com o Litoral Meridional ou Subtropical, que vai do Cabo de Santa Marta, em Santa Catarina, até o Chuí, no Rio Grande do Sul. Uma área caracterizada por uma linha reta de costa, associada a planícies costeiras extensas e arenosas de baixa altitude. "Não há drenagem significativa que deságue nesse litoral. O maior aporte de água doce é a desembocadura da Laguna dos Patos, na altura da cidade de Rio Grande (RS)", observa a pesquisa desenvolvida em parceria com o Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo.


Litoral de norte a sul


Do olhar estrangeiro, responsável pelas primeiras observações geográficas sobre o litoral brasileiro, até estudos mais recentes, que mostram a transformação dos seus 7,408 km de extensão


Mauricío Barroso
Ilha Grande, próximo ao Rio de Janeiro
EXPLORAÇÃO E URBANIZAÇÃO DA COSTA BRASILEIRA
No início da colonização portuguesa, a exploração dos recursos naturais era basicamente a extração de pau-brasil, mas esta não foi tão agressiva quando comparada com a cultura da cana-de-açúcar, que provocou a derrubada quase que completa da Mata Atlântica, em um processo que continua atuante. Dados recentes mostram uma constante redução da cobertura florestal no litoral brasileiro.
De lá para cá, outros tipos de intervenções humanas alteraram o que tecnicamente é chamado de balanço sedimentar de um segmento costeiro, que pode gerar uma perda de material sedimentar e, consequentemente, fenômenos de recuo da linha de costa. Ou seja, a diminuição da faixa de areia.
As intervenções mais comuns encontradas na costa brasileira estão relacionadas à construção de infraestrutura urbana, como ruas, calçadas e residências em regiões que sofrem a ação do mar em períodos de tempestades. Menos percebido do que a exploração de gás e de petróleo, os investimentos turísticos no litoral também têm seus riscos para esse bioma. A inexistência de planejamento para sua ocupação é um dos fatores mais prejudiciais para a costa brasileira.
Os habitantes locais são os que mais sofrem com a degradação e a ocupação ocasionada pela exploração turística. De acordo com o estudo "O litoral brasileiro: exploração, ocupação e preservação", dos doutores em Geografia pela Universidade de São Paulo, Andrea de Castro Panizza, Yuri Tavares Rocha e Aldo Dantas, a ocupação das áreas centrais do território leva a população local para zonas vazias periféricas onde há menor especulação imobiliária. "Entretanto, grande parte dessas áreas é considerada zona de risco para moradias ou qualquer ocupação humana. Esse é o caso das vertentes íngremes da região de Ubatuba (SP) e das falésias instáveis e campos de dunas de Tibau do Sul (RN)", explicam os pesquisadores, que realizaram um estudo comparativo entre as regiões litorâneas dos Estados de São Paulo e do Rio Grande do Norte.
Fato é que a rápida evolução desse processo está causando transformações profundas nas paisagens litorâneas do Brasil e, mesmo com algumas políticas incentivadas pelo Estado, a ação do homem sobre essa área prevalece, de maneira que um estudo geográfico sobre essas e outras alterações pode ajudar num planejamento territorial que mantenha a preservação do litoral brasileiro e, em contrapartida, melhore a qualidade de vida de sua população.
VEGETAÇÕES LITORÂNEAS
Em toda a extensão do litoral brasileiro, é possível encontrar inúmeras espécies de plantas identificadas pelos seguintes tipos:
VEGETAÇÃO DE PRAIA: vegetações do tipo arbóreo e arbustivo adaptadas a lugares com grande concentração de sal, como a salsa-dapraia, a grama-da-praia, o pinheirinho-da-praia, o feijão-boi e o jundo, entre outras.
VEGETAÇÃO DE DUNAS: vegetação rasteira com raízes extensas e profundas. Em dunas semifixas, ocorrem a aroeira-vermelha, o pau-de-bugre, a capororoca, a maria-mole, o guamirim, entre outros.
RESTINGA: desenvolve diversas características vegetais, como espécies herbáceas, arbustivas e arbóreas.
MANGUE: cobertura vegetal que se desenvolve principalmente em baía e foz. As plantas de mangues são resistentes ao alto teor de sal e à escassez de oxigênio. Essas áreas desenvolvem espécies ar

texto O mundo do português como língua estrangeira 801 e 802 resumo da leitura Arnaldo Brandão

O mundo do português como língua estrangeira


por Graziela Naclério Forte*

Muito provavelmente, devido à Copa de 2014, às Olimpíadas de 2016 ou à economia aquecida, nota-se um aumento no número de interessados em aprender português, na vertente brasileira. Há cada vez mais instituições de ensino nessa área e a nomenclatura começa a diversificar: Português Língua Estrangeira (PLE) para uns, Português Segunda Língua (L2) para outros, ou ainda Português para Falantes de Outras Línguas (PFOL), Português como Língua Adicional (PLA) e até mesmo Português Língua de Herança (PLH); evidenciando, assim, especializações dentro do ensino do nosso idioma.
No Brasil, os cursos são oferecidos por universidades federais (UNB, UFRJ, UFF, UFBA, UFMG etc), estaduais (Unicamp, USP), particulares (FAAP, PUC) e escolas de idiomas. Enquanto as universidades têm, em sua maioria, alunos da graduação ou da pós, realizando programas de intercâmbio, muitas escolas de idiomas especializaramse em ensinar os executivos e suas famílias.
No exterior, o perfil das escolas é um pouco diferente daquele encontrado internamente. Os Centros Culturais Brasileiros (CCBs), instituições subordinadas diretamente ao chefe da Missão Diplomática ou repartição consular do Brasil em cada país, foram os primeiros a oferecer cursos de português e a promover a difusão da cultura brasileira, através da organização de exposições de artes visuais, espetáculos teatrais, apresentações de filmes e concertos de música erudita e popular. Conhecidos também como Centros de Estudos Brasileiros (CEBs), contam com 21 unidades distribuídas pelo continente americano (12), europeu (3) e africano (6).
Estabelecida nos anos 1940, a Rede Brasileira de Ensino no Exterior (RBEx) tem nos CCBs e nos Programas de Leitorados, bem como em instituições privadas sem fins lucrativos as parcerias firmadas para ensinar a língua e cultura do Brasil, além de aplicar o Certificado de Proficiência em Língua Portuguesa para Estrangeiros (Celpe-Bras), o exame que atesta a proficiência em língua portuguesa na vertente brasileira.
O Programa de Leitorados consiste no envio a outros países, de professores de Português academicamente capacitados. São 59 leitorados que ensinam mais de 6 mil alunos em universidades da Europa, América do Sul e África.
Uma vertente que vem sendo progressivamente explorada pela RBEx é a promoção do ensino de Português como Língua de Herança junto aos descendentes de brasileiros, em particular crianças, nos Estados Unidos, Europa e Japão.
Atualmente, os Centros Culturais Brasileiros dividem o mercado com escolas especializadas, algumas criadas por antigos professores dos CCBs/CEBs

O mundo do português como língua estrangeira


por Graziela Naclério Forte*
Mas não só os cursos de português voltados aos estrangeiros estão sendo cada vez mais procurados. Também os exames de proficiência contam, a cada edição, com mais inscritos. Com postos aplicadores no Brasil e no exterior, o Celpe-Bras, único exame reconhecido pelo governo brasileiro, o qual foi criado pelo Ministério da Educação (MEC), em 1993, e que passou a ser aplicado sistematicamente, apenas em 1998, é possível perceber o rápido crescimento. A primeira edição contou com a participação de cinco universidades brasileiras (UFPE, UFRGS, UFRJ, UnB e Unicamp), além de postos aplicadores na Argentina, Paraguai e Uruguai, juntos tiveram 127 candidatos inscritos. Em 1999 foram 703 inscritos; em 2000, 1155; em 2003, 3020; em 2004, 3431; e em 2005, 3921¹. Em 2011, só na primeira edição do exame, que aconteceu no mês de abril, havia 2964 inscritos nas 66 instituições do Brasil e outras distribuídas por 26 países da América, Europa, África e Ásia.
COM A CRESCENTE IMPORTÂNCIA ECONÔMICA DO BRASIL NO MUNDO, NÃO SÓ OS CURSOS DE PORTUGUÊS ESTÃO SENDO MAIS PROCURADOS COMO TAMBÉM OS EXAMES DE PROFICIÊNCIA, QUE CONTAM COM MAIS INSCRITOS TODOS OS ANOS
Desde 2002, o Celpe-Bras vem sendo realizado duas vezes ao ano, normalmente na segunda quinzena dos meses de abril e outubro. Na primeira edição de 2012 foram 3474 estrangeiros inscritos, o que dá uma média de 7000 candidatos por ano, atualmente.
¹ De acordo com o site Portal Aprendiz, "Cresce o Número de Candidatos ao Celpe-Bras", de 17 de maio de 2005, endereço:http://aprendiz.uol.com.br/content/nushospene.mmp, consultado em 15 out. 2011.
De acordo com o site do Inep, em outubro de 2012, o Celpe-Bras foi aplicado pelas Universidades Federais do Amazonas, Pará, Amapá, Roraima, Bahia, Paraíba, Pernambuco, Fluminense, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Santa Maria, de Brasília, além da Unicamp, Metodista, Universidade de São Carlos, Universidade Estadual de Londrina, Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, e Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões. No exterior, há postos aplicadores na Universidade de Jena, na Alemanha; em Buenos Aires, na Argentiana, a Escola de Línguas Casa do Brasil, a Fundação Centro de Estudos Brasileiros, as Universidades Federal do Litoral, Nacional do Nordeste e Nacional de Córdoba; Universidade de Salzburgo, na Áustria; Centro Cultural Brasil-Bolívia e Universidade Tecnológica Privada de Santa Cruz da Serra, ambas na Bolívia; Centro Cultural Brasileiro do Chile; Universidade de Macau; Universidade de Comunicação da China; Instituto Cultura Brasil de Leticia, Bogotá e Medelin, as três na Colômbia; Universidade de Hankuk na Coreia do Sul; Fundação de Centro de Estudos Brasileiro, em São José, na Costa Rica; Instituto Brasileiro- Equatoriano de Cultura, em Quito; Centro Cultural do Brasil em Barcelona, Centro de Estudos Brasileiros, na Universidade de Salamanca, Casa do Brasil em Madri, todas na Espanha; nas Universidades de Harvard, Flórida, Flórida Internacional e Utah Valley, nos Estados Unidos; nas universidades francesas: Sorbone, Paul-Valéry Montpellier III, Paris Ouest Nanterre La Défense, de Nantes, de Poitiers, Blaise Pascal (Clermont II); Centro Cultural Brasileiro, na Guiana; Centro Cultural Brasileiro de Roma, na Itália; King`s College de Londres, na Inglaterra; Universidade de Estudos Estrangeiros de Kyoto, no Japão; Centro Cultural Brasileiro do México; Centro Cultural Brasileiro da Nicarágua; Universidade de Obafemi Awolowo da Nigéria; Centro Cultural Brasileiro do Paraguai; Centro de Difusão Cultural Terra Brasi/Casa do Brasil em Arequipa e Centro Cultural Brasileiro do Peru; Universidade Marii Curie Sklodowskiej, em Lublin, na Polônia; Centro Cultural Brasil de Santo Domingo, na República Dominicana; Centro Cultural Brasil em El Salvador; Instituto Cultural Brasileiro de Zurique, na Suíça; Centro Cultural Brasileiro de Paramaribo, no Suriname; Instituto Cultural Uruguaio- Brasileiro, em Montevideo, no Uruguai; e Instituto Cultural Brasil-Venezuela, em Caracas.

O mundo do português como língua estrangeira


por Graziela Naclério Forte*
TESTE DE PROFICIÊNCIA EM LÍNGUA PORTUGUESA
É importante lembrar que desde o ano de 2000 o Celpe-Bras é exigência para o ingresso de estudantes estrangeiros em instituições de ensino superior para graduação e pós-graduação. Há empresas brasileiras que também exigem comprovação de competência na proficiência da língua portuguesa. Os já graduados também precisam do exame para validar os diplomas emitidos no exterior.
Os candidatos ao exame são os não lusófonos, maiores de 16 anos de idade e que tenham, no mínimo, o ensino fundamental ou correspondente. Com uma abordagem menos tradicional que outros testes de proficiência, o Celpe-Bras adota métodos e técnicas baseadas em pressupostos atuais na área de ensino e aprendizagem de línguas. Por ser mais complexo, exige preparo específico. De natureza comunicativa, propõe tarefas que recriam situações reais de comunicação, integrando habilidades como compreensão de texto e produção escrita; compreensão oral e fala. Assim, através de uma tarefa pode-se avaliar mais de uma habilidade. Os conhecimentos gramaticais, bem como vocabulário, por exemplo, não são diretamente avaliados, embora sejam importantes na elaboração da atividade proposta (tarefa). Aspectos sociais e culturais dos brasileiros acabam, inevitavelmente, surgindo na maioria das questões. Não é exigido que o candidato tenha um conhecimento prévio dos temas propostos: a ideia é que todas as pessoas consigam, independentemente da área de formação, falar ou emitir comentários e, assim, mostrar suas habilidades comunicativas.
De acordo com o desempenho do candidato no exame, os aprovados são classificados em um dos seguintes níveis:
Intermediário - domínio operacional parcial da língua portuguesa, demonstrando capacidade em compreender e produzir textos orais e escritos sobre assuntos limitados, em contextos conhecidos e situações do cotidiano.
Intermediário Superior - mesmas características do intermediário, porém as interferências da língua materna na pronúncia e na escrita são menores.
Avançado - domínio operacional amplo da língua portuguesa, demonstrando ser capaz de compreender e produzir textos orais e escritos de forma fluente de assuntos variados, em contextos conhecidos e desconhecidos.
Avançado Superior - todos os requisitos do nível avançado, porém as inadequações são menores.
Para se obter a certificação é necessário o equilíbrio entre os dois módulos (Coletivo e Individual). No Módulo Coletivo quatro tarefas são solicitadas e devem ser realizadas em 3 horas. As tarefas têm sempre um propósito bem definido (escrever um texto para reclamar, relatar, elogiar, informar, opinar, argumentar, expor, instruir, agradecer, pedir, comentar, expressar atitudes, desculpar-se, justificar, persuadir, aconselhar, avisar, etc.) e um interlocutor que requer registros formais ou informais (jornal, revista, colega, amigo, chefe, autoridade, etc.).
O texto produzido pelo candidato deve estar adequado à situação de comunicação. Em outros termos, no teste são levados em conta os vários gêneros textuais: instrumentos de mensagens rápidas como e-mail, folheto, panfleto ou longos como a carta, o artigo, dentre muitos outros. O candidato precisa saber as características de cada gênero, a linguagem adequada e, portanto, estar a par de certas informações, como o tipo textual sugerido (argumentativo, descritivo ou explicativo). Por isso, é importante ter de forma clara as principais características de cada um dos itens.
As tarefas solicitadas, em geral, seguem um padrão, como escrever uma mensagem eletrônica a um amigo, uma carta apresentando sua opinião fundamentada nos pontos de vista expostos pelo autor, uma carta argumentando favorável ou contrariamente ao ponto de vista defendido, um texto sobre uma manifestação cultural, um texto de propaganda, um texto narrando a sua versão dos fatos e posicionando-se a respeito, um depoimento e outros gêneros.
NO EXAME DE PROFICIÊNCIA EM LÍNGUA PORTUGUESA, DIVIDIDO EM QUATRO NÍVEIS, ESPERA-SE QUE O CANDIDATO SEJA CAPAZ DE COMPREENDER E PRODUZIR TEXTOS SOBRE ASSUNTOS VARIADOS, DESDE MAIS LIMITADOS A MAIS FLUENTES
Durante o exame Celpe-Bras, espera-se que o candidato adapte sua fala ou escrita de acordo com o interlocutor, ou seja, se for um diálogo ou a produção de uma carta ou mensagem eletrônica a um parente, amigo ou colega deve-se usar a linguagem informal. Quando o interlocutor é o chefe ou autoridade, usar a linguagem formal. Assim, surgem inúmeras possibilidades de atividades (produção) aparentemente simples, cujo desenvolvimento deve ser cuidadosamente trabalhado.

O mundo do português como língua estrangeira


por Graziela Naclério Forte*
De maneira geral, podemos dizer que são 5 os objetivos: adequação lexical (refere-se ao uso adequado dos vocábulos); adequação gramatical (refere-se ao uso adequado das normas gramaticais); adequação ao interlocutor (linguagem formal ou informal); adequação discursiva (coesão e coerência, ou seja, a continuidade de sentido e não-contradição; paráfrase - discurso escrito, longo e difuso; operadores de junção; tempo; aspecto verbal e elipse - omissão de palavra ou palavras facilmente subentendíveis); e destaque das informações relevantes.
As tarefas de compreensão escrita exigem que o candidato conheça uma combinação de itens, como: expressões idiomáticas; finalidade e objetivo do texto; grafia; gramática; ideia central; ideias relevantes; informações específicas; interpretação das imagens (fotos, desenhos, gráficos, planilhas etc.); reconhecimento das atitudes, emoções e pontos de vista; e se o texto é baseado em fato, opinião ou pesquisa; além de ter que reescrever informações no mesmo estilo ou em estilo diferente; transferir informações para diagramas, gráficos ou tabelas; reconhecer a situação de comunicação (quem fala, para quem fala, contexto, veículo, objetivo, registro etc.); reconhecer os diferentes gêneros do discurso e o vocabulário.
Para a compreensão oral, o candidato deve demonstrar seu conhecimento no que se refere à ideia central; o vocabulário e as expressões idiomáticas. Nessa parte do exame, a correção baseia-se em critérios definidos previamente e que tomam por base uma amostragem (certo número de provas) representativa de cada tarefa.
A parte individual ou conversação tem duração média de 20 minutos e está dividida da seguinte forma: cinco minutos discutindo informações pessoais do candidato com base na ficha de inscrição; outros cinco minutos para o primeiro elemento provocador; mais cinco minutos para o segundo elemento provocador; e cinco minutos finais para o terceiro e último elemento provocador. Para isto, são utilizados gêneros textuais os quais mesclam imagens e mensagens curtas, como fotos, cartuns, quadrinhos e propagandas. O candidato deve manter um fluxo natural na conversação, evitando as interrupções e os pedidos de repetição e apresentando flexibilidade e adequação ao vocabulário quando há mudança de tópico, além do uso da pronúncia adequada tanto em relação ao ritmo como à entonação.
AQUISIÇÃO DO CERTIFICADO
No entanto, desde 1997, a Universidade de Caxias do Sul oferece aos estrangeiros de qualquer idade ou grau de escolaridade, o Certificado Internacional de Língua Portuguesa (CILP), reconhecido pela União Latina e declarado de interesse educativo pelo Ministério da Cultura e Educação da Argentina. São oferecidas três provas, independentes, nos níveis: básico, médio e superior. O candidato pode se inscrever em um dos níveis, sem que um seja pré-requisito do outro. O básico busca verificar a competência linguística do examinado em situações cotidianas e de vocabulário elementar e parcial, referência pessoal, de trabalho, rotinas, hobbies, alimentação, etc. O médio verifica a competência linguística para comunicação na maior parte dos eventos formais e informais, utilizando vocabulário adequado, abarcando temas profissionais, sociais e práticos. Por fim, o superior verifica a competência linguística necessária para um bom desempenho em situações que requerem uso avançado da língua, de todos os níveis e com abstrações.
Cada nível do exame é composto de 4 provas: leitura e compreensão de texto e formas linguísticas em uso (duração de uma hora, valendo 30 pontos); produção escrita (duração de uma hora, valendo 30 pontos); compreensão auditiva (duração de 40 minutos, valendo 20 pontos); e produção oral (duração de 10 minutos, valendo 30 pontos). Para ser aprovado, o candidato deve atingir 70% dos pontos, somados separadamente para as provas 1 e 2, 3 e 4. O CILP obteve reconhecimento e grande interesse dos países do Mercosul; é aplicado no Brasil, em Portugal, na Argentina, no Uruguai e no Paraguai.

O mundo do português como língua estrangeira


por Graziela Naclério Forte*
Já os Certificados e Diplomas Internacionais de Línguas Latinas de Especialidade (CEDILLES), sob os auspícios da União Latina, são oferecidos por 3 universidades de países de línguas latinas: a Universidade de Alcalá, na Espanha, a Universidade de Caxias do Sul, no Brasil e a Universidade Aberta CENTED, de Portugal. Os exames avaliam, separadamente, a proficiência em espanhol e em português empresarial do Brasil e de Portugal. Em nosso país são oferecidos, anualmente, os Certificados Básico, Avançado e Superior de Português Língua Estrangeira Empresarial. As provas estão divididas em 3 partes: compreensão escrita e conhecimentos específicos do idioma, onde são apresentados textos retirados de jornais ou revistas contendo temas econômicos; produção escrita, devendo o candidato produzir uma correspondência comercial, como por exemplo, mensagens, circulares ou cartas; e, por fim, a compreensão e expressão orais, para o estrangeiro mostrar sua capacidade de expressão oral em Português ao tratar de temas econômicos ou comerciais.
AINDA QUE NÃO CONTE NO MOMENTO COM MATERIAL ESPECÍFICO PARA NÍVEIS AVANÇADOS OU UM VOLTADO PARA CRIANÇAS, O MUNDO DO ENSINO DA LÍNGUA PORTUGUESA PARA ESTRANGEIROS SÓ TEM CRESCIDO E GANHADO NOTORIEDADE
Fundada em 1992, durante o III Congresso Brasileiro de Linguística Aplicada realizado na UNICAMP, a Sociedade Internacional Língua Estrangeira (SIPLE), tem o objetivo de promover a divulgação e o intercâmbio da produção científica; a troca de informações e contatos profissionais com instituições e outras associações interessadas em PLE e PL2; o intercâmbio cooperativo entre cursos de pós-graduação e pesquisa no que se refere à atuação docente e discente; e apoiar a criação e a melhoria de cursos de graduação e pós-graduação em PLE e PL2. Anualmente, a sociedade promove congressos, seminários e desde 2010 mantém uma publicação semestral com o objetivo de divulgar textos inéditos na área de ensino e pesquisa, em âmbito nacional e internacional. O acesso à revista é livre e imediato, através do site.
Dentro dessa perspectiva de crescimento, que atesta o vigor da área do Português Língua Estrangeira, cada vez mais eventos como seminários, congressos e conferências voltados aos professores e pesquisadores da área têm acontecido, em grande parte organizados pelas universidades federais, estaduais e particulares do Brasil. Anualmente, a Siple organiza um grande evento, como o Congresso Sociedade Internacional de Português Língua Estrangeira (Consiple) e o Simpósio Siple.
A PLE DIGITAL
Na internet, a Comunidade Fale Português, que conta com mais de 3.000 inscritos, na maioria professores de PLE que vivem tanto no Brasil como no exterior tem um papel fundamental na integração de professores de português que ministram cursos para estrangeiros. Sempre que possível, encontros presenciais são organizados. Há participantes da Austrália, Suíça, Estados Unidos, dos países da América Latina, dentre muitos outros. Para manter os participantes atualizados e abrindo uma perspectiva nova para a análise de questões pertinentes, são oferecidos, ainda, chats e workshops virtuais, na maioria das vezes gratuitos. Além de bate-papos semanais, mantém grupos de discussões em vários temas de interesse como material didático, Celpe-Bras, recomendação de livros, filmes para aulas de PLE, cultura brasileira através da música, etc. Também é possível encontrar um banco de vídeos sobre o Brasil, material que pode ser utilizado em sala de aula.
Como é possível notar, o mundo do PLE só tem crescido e diversificado; no entanto, ainda falta muita coisa, como por exemplo material para os níveis avançados ou para o ensino do PLH ou, ainda, específico para as crianças.
SAIBA +
Publicações Impressas Provas e Manuais Celpe-Bras dos anos de 2006 a 2011
DISSERTAÇÕES
- LI, Ye. A Preparação de Candidatos Chineses para o Exame Celpe-Bras: Aprendendo o que Significa "Uso da Linguagem". Porto Alegre, dissertação de mestrado em Linguística Aplicada da UFRGS, 2009.
SAKAMORI, LiekoA Atuação do Entrevistador na Interação Face a Face do Exame Celpe-Bras. Campinas, dissertação de mestrado/Instituto de Estudos da Linguagem, 2006.
- SILVA, Ricardo Moutinho Rodrigues daO Efeito Retroativo do Celpe-Bras na Cultura de Aprender de Candidatos ao Exame. São Carlos, dissertação de mestrado do Departamento de Linguística da Universidade Federal, 2006.
SITES
- Governo Brasileiro: www.brasil.gov.br/noticiasconsultado em 16 out. 2011.
- INEP/Celpe-Bras: www.inep.gov.br/celpebras, consultado em 16 out. 2011.
- Itamaratywww.dc.itamaraty.gov.br, consultado em 8 set. 2012.
- MEC: portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=12270&Itemid=518, consultado em 16 out. 2011.
- Unicamp: www.unicamp.br/~matilde/index.html, consultado em 4 set. 2012.
- Universidade de Caxias do Sul (UCS): www.ucs.br/ucs/extensao/pp2/portugues/exames/cilp, consultado em 20 ago. 2012.
- Universidade de Caxias do Sul (UCS): www.ucs.br/ucs/extensao/pp2/portugues/exames/cedilles, consultado em 20 ago. 2012.
*Graziela Naclério Forte é doutoranda pela UNICAMP e mestre pela USP e professora de Português como Língua Estrangeira, Atualização e Reciclagem Gramatical para brasileiros, História da Arte e da Cultura Brasileira.


Atividade de geografia Arnaldo Brandão 701 ano

clicar aquihttp://cenfopgeografia.files.wordpress.com/2009/11/projeto-arariba-regiao-centro-oeste.pdf

atividade de geografia Arnaldo Brandão 6 anos

Atividade de Geografia 601 e 602 anos

1-Apresenta as temperaturas mais baixas do planeta, podendo atingir até -50 °C. Situa-se nas faixas delimitadas pelos círculos polares e recebe raios solares durante poucos meses no ano. Marque a alternativa que corresponde a esse tipo de clima.
a) Frio
b) Temperado
c) Polar
 d) Semiárido
e) Equatorial

2-A imagem a seguir destaca as Zonas climáticas da Terra. Analise as afirmativas e marque (V) para as verdadeiras e (F) para as falsas.
a) As regiões próximas à linha do Equador apresentam temperaturas elevadas durante o ano todo.
b) A Zona temperada do sul está situada entre o Trópico de Câncer e a Zona glacial ártica, correspondendo aos países do Hemisfério Setentrional.
c) O continente africano está totalmente situado na Zona intertropical (Zona quente), fato que explica as altas temperaturas nos países da África.
d) Por receberem menos raios solares, as zonas glaciais (Zona glacial da antártica e Zona glacial ártica) são as regiões mais frias do planeta.
e) Localizada entre o Trópico de Câncer e o Círculo Polar Ártico, a Zona temperada do norte abrange extensas áreas da América do Norte, da Ásia e da Europa.

3- território brasileiro possui uma grande variedade climática, pois, em virtude da sua grande extensão no sentido norte-sul, o país ocupa mais de uma zona climática. Marque a alternativa que indica as zonas climáticas que o Brasil abrange.
a) Zona glacial antártica e Zona intertropical
b) Zona temperada do norte e Zona temperada do sul
c) Zona temperada do sul e Zona glacial ártica
d) Zona intertropical e Zona temperada do sul
e) Zona intertropical e Zona temperada do norte


Atividade Arnaldo Brandão 701 série e 702 série


Atividade Arnaldo Brandão 701 série e 702 séries

O mapa-múndi abaixo apresenta todos os continentes destacados em cores distintas. Marque a alternativa que corresponde à cor do continente Americano no mapa.
a) Vermelho
b) Amarelo
c) Verde
d) Azul
e) Preto
Analise as afirmativas sobre os aspectos humanos da América e marque (F) para as alternativas falsas e (V) para as alternativas verdadeiras.

a) A população continental é bastante miscigenada, com origens dos povos indígenas, negros africanos, asiáticos e europeus (principalmente: espanhóis, portugueses, ingleses, franceses, italianos e alemães).
b) Com 925,2 milhões de habitantes, o continente americano é o mais populoso do planeta.
c) Apesar de apresentar a maior quantidade de países, a América Central é o subcontinente americano menos habitado.
d) Entre os três subcontinentes da América, a América do Sul é o que possui o maior contingente populacional.
e) Estados Unidos e Canadá, ambos da América do Norte, apresentam os melhores indicadores sociais de todo o continente.
Relacione a coluna dos países com as respectivas capitais:
1 - Canadá                                                               (  ) Caracas                                                        
2 - Haiti                                                                     (  ) Assunção
3 - Paraguai                                                             (  ) Havana
4 - México                                                                 (  ) São José
5 - Brasil                                                                   (  ) Ottawa
6 - Colômbia                                                            (  )  Brasília
7 - Cuba                                                                    (  )  Kingston
8 - Argentina                                                             (  ) Cidade do México
9 – Estados Unidos                                                (  ) Bogotá
10 – Costa Rica                                                       (  ) Buenos Aires
11 - Venezuela                                                         (  ) Porto Príncipe
12 - Jamaica                                                            (  ) Washington
 
 Com extensão territorial de 735.612 quilômetros quadrados, a América Central possui 193,3 milhões de habitantes, sendo a densidade demográfica de 106,4 habitantes por quilômetro quadrado. Marque a alternativa que indica o país mais populoso da América Central.
a) Guatemala
b) Costa Rica
c) Cuba
d) México
e) Jamaica
A América Central é uma subdivisão do continente americano, sendo composta por 20 países. Marque a alternativa que não é composta apenas por países da América Central.
a) Honduras, Guatemala, Trinidad e Tobago
b) Granada, Panamá, El Salvador
c) México, Cuba, Costa Rica

d) Nicarágua, Bahamas, Haiti
e) Jamaica, República Dominicana, Barbados





Atividade de geografia Arnaldo Brandão 801 e 802

Atividade Arnaldo Brandão 801 e 802 séries

O continente africano sofreu (e ainda sofre) com várias políticas ditatoriais. Muitas delas foram financiadas por países europeus e pelos Estados Unidos, principalmente durante a Guerra Fria. Um dos regimes mais violentos foi o apartheid, que se caracterizou por uma política racial imposta pela população branca (minoria) sobre os habitantes negros (maioria). Marque a alternativa que corresponde ao país africano que foi palco do regime apartheid.
a) Ruanda
b) Haiti
c) Nigéria
d) Somália
e) África do Sul
O mapa-múndi abaixo apresenta todos os continentes destacados em cores distintas. Marque a alternativa que corresponde à cor do continente africano no mapa.
a) Vermelho
b) Amarelo
c) Verde
d) Azul
e) Preto
Analise as alternativas sobre o continente africano e marque (V) para as verdadeiras e (F) para as falsas.
a) Com extensão territorial de 30,1 milhões de quilômetros quadrados, a África é o maior continente do planeta.
b) O continente africano é subdivido em África Mediterrânea e África Subsaariana, sendo o islamismo o divisor cultural e o deserto do Saara a barreira natural.
c) Vários países da África apresentam problemas socioeconômicos: baixo IDH, elevadas taxas de mortalidade infantil, baixa expectativa de vida, altos índices de analfabetismo e subnutrição.
d) A linha do Equador corta o continente africano na porção centro-sul, fazendo com que todo o território pertença ao Hemisfério Setentrional.
e) São países que integram o continente africano: África do Sul, Nigéria, Camarões, Jamaica, Angola e Somália.