O mundo do português como língua estrangeira
por Graziela Naclério Forte*
Muito provavelmente, devido à Copa de 2014, às Olimpíadas de 2016 ou à economia aquecida, nota-se um aumento no número de interessados em aprender português, na vertente brasileira. Há cada vez mais instituições de ensino nessa área e a nomenclatura começa a diversificar: Português Língua Estrangeira (PLE) para uns, Português Segunda Língua (L2) para outros, ou ainda Português para Falantes de Outras Línguas (PFOL), Português como Língua Adicional (PLA) e até mesmo Português Língua de Herança (PLH); evidenciando, assim, especializações dentro do ensino do nosso idioma.
No Brasil, os cursos são oferecidos por universidades federais (UNB, UFRJ, UFF, UFBA, UFMG etc), estaduais (Unicamp, USP), particulares (FAAP, PUC) e escolas de idiomas. Enquanto as universidades têm, em sua maioria, alunos da graduação ou da pós, realizando programas de intercâmbio, muitas escolas de idiomas especializaramse em ensinar os executivos e suas famílias.
No exterior, o perfil das escolas é um pouco diferente daquele encontrado internamente. Os Centros Culturais Brasileiros (CCBs), instituições subordinadas diretamente ao chefe da Missão Diplomática ou repartição consular do Brasil em cada país, foram os primeiros a oferecer cursos de português e a promover a difusão da cultura brasileira, através da organização de exposições de artes visuais, espetáculos teatrais, apresentações de filmes e concertos de música erudita e popular. Conhecidos também como Centros de Estudos Brasileiros (CEBs), contam com 21 unidades distribuídas pelo continente americano (12), europeu (3) e africano (6).
Estabelecida nos anos 1940, a Rede Brasileira de Ensino no Exterior (RBEx) tem nos CCBs e nos Programas de Leitorados, bem como em instituições privadas sem fins lucrativos as parcerias firmadas para ensinar a língua e cultura do Brasil, além de aplicar o Certificado de Proficiência em Língua Portuguesa para Estrangeiros (Celpe-Bras), o exame que atesta a proficiência em língua portuguesa na vertente brasileira.
O Programa de Leitorados consiste no envio a outros países, de professores de Português academicamente capacitados. São 59 leitorados que ensinam mais de 6 mil alunos em universidades da Europa, América do Sul e África.
Uma vertente que vem sendo progressivamente explorada pela RBEx é a promoção do ensino de Português como Língua de Herança junto aos descendentes de brasileiros, em particular crianças, nos Estados Unidos, Europa e Japão.
Atualmente, os Centros Culturais Brasileiros dividem o mercado com escolas especializadas, algumas criadas por antigos professores dos CCBs/CEBs
O mundo do português como língua estrangeira
por Graziela Naclério Forte*
Mas não só os cursos de português voltados aos estrangeiros estão sendo cada vez mais procurados. Também os exames de proficiência contam, a cada edição, com mais inscritos. Com postos aplicadores no Brasil e no exterior, o Celpe-Bras, único exame reconhecido pelo governo brasileiro, o qual foi criado pelo Ministério da Educação (MEC), em 1993, e que passou a ser aplicado sistematicamente, apenas em 1998, é possível perceber o rápido crescimento. A primeira edição contou com a participação de cinco universidades brasileiras (UFPE, UFRGS, UFRJ, UnB e Unicamp), além de postos aplicadores na Argentina, Paraguai e Uruguai, juntos tiveram 127 candidatos inscritos. Em 1999 foram 703 inscritos; em 2000, 1155; em 2003, 3020; em 2004, 3431; e em 2005, 3921¹. Em 2011, só na primeira edição do exame, que aconteceu no mês de abril, havia 2964 inscritos nas 66 instituições do Brasil e outras distribuídas por 26 países da América, Europa, África e Ásia.
COM A CRESCENTE IMPORTÂNCIA ECONÔMICA DO BRASIL NO MUNDO, NÃO SÓ OS CURSOS DE PORTUGUÊS ESTÃO SENDO MAIS PROCURADOS COMO TAMBÉM OS EXAMES DE PROFICIÊNCIA, QUE CONTAM COM MAIS INSCRITOS TODOS OS ANOS
Desde 2002, o Celpe-Bras vem sendo realizado duas vezes ao ano, normalmente na segunda quinzena dos meses de abril e outubro. Na primeira edição de 2012 foram 3474 estrangeiros inscritos, o que dá uma média de 7000 candidatos por ano, atualmente.
¹ De acordo com o site Portal Aprendiz, "Cresce o Número de Candidatos ao Celpe-Bras", de 17 de maio de 2005, endereço:http://aprendiz.uol.com.br/content/nushospene.mmp, consultado em 15 out. 2011.
De acordo com o site do Inep, em outubro de 2012, o Celpe-Bras foi aplicado pelas Universidades Federais do Amazonas, Pará, Amapá, Roraima, Bahia, Paraíba, Pernambuco, Fluminense, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Santa Maria, de Brasília, além da Unicamp, Metodista, Universidade de São Carlos, Universidade Estadual de Londrina, Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, e Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões. No exterior, há postos aplicadores na Universidade de Jena, na Alemanha; em Buenos Aires, na Argentiana, a Escola de Línguas Casa do Brasil, a Fundação Centro de Estudos Brasileiros, as Universidades Federal do Litoral, Nacional do Nordeste e Nacional de Córdoba; Universidade de Salzburgo, na Áustria; Centro Cultural Brasil-Bolívia e Universidade Tecnológica Privada de Santa Cruz da Serra, ambas na Bolívia; Centro Cultural Brasileiro do Chile; Universidade de Macau; Universidade de Comunicação da China; Instituto Cultura Brasil de Leticia, Bogotá e Medelin, as três na Colômbia; Universidade de Hankuk na Coreia do Sul; Fundação de Centro de Estudos Brasileiro, em São José, na Costa Rica; Instituto Brasileiro- Equatoriano de Cultura, em Quito; Centro Cultural do Brasil em Barcelona, Centro de Estudos Brasileiros, na Universidade de Salamanca, Casa do Brasil em Madri, todas na Espanha; nas Universidades de Harvard, Flórida, Flórida Internacional e Utah Valley, nos Estados Unidos; nas universidades francesas: Sorbone, Paul-Valéry Montpellier III, Paris Ouest Nanterre La Défense, de Nantes, de Poitiers, Blaise Pascal (Clermont II); Centro Cultural Brasileiro, na Guiana; Centro Cultural Brasileiro de Roma, na Itália; King`s College de Londres, na Inglaterra; Universidade de Estudos Estrangeiros de Kyoto, no Japão; Centro Cultural Brasileiro do México; Centro Cultural Brasileiro da Nicarágua; Universidade de Obafemi Awolowo da Nigéria; Centro Cultural Brasileiro do Paraguai; Centro de Difusão Cultural Terra Brasi/Casa do Brasil em Arequipa e Centro Cultural Brasileiro do Peru; Universidade Marii Curie Sklodowskiej, em Lublin, na Polônia; Centro Cultural Brasil de Santo Domingo, na República Dominicana; Centro Cultural Brasil em El Salvador; Instituto Cultural Brasileiro de Zurique, na Suíça; Centro Cultural Brasileiro de Paramaribo, no Suriname; Instituto Cultural Uruguaio- Brasileiro, em Montevideo, no Uruguai; e Instituto Cultural Brasil-Venezuela, em Caracas.
O mundo do português como língua estrangeira
por Graziela Naclério Forte*
TESTE DE PROFICIÊNCIA EM LÍNGUA PORTUGUESA
É importante lembrar que desde o ano de 2000 o Celpe-Bras é exigência para o ingresso de estudantes estrangeiros em instituições de ensino superior para graduação e pós-graduação. Há empresas brasileiras que também exigem comprovação de competência na proficiência da língua portuguesa. Os já graduados também precisam do exame para validar os diplomas emitidos no exterior.
É importante lembrar que desde o ano de 2000 o Celpe-Bras é exigência para o ingresso de estudantes estrangeiros em instituições de ensino superior para graduação e pós-graduação. Há empresas brasileiras que também exigem comprovação de competência na proficiência da língua portuguesa. Os já graduados também precisam do exame para validar os diplomas emitidos no exterior.
Os candidatos ao exame são os não lusófonos, maiores de 16 anos de idade e que tenham, no mínimo, o ensino fundamental ou correspondente. Com uma abordagem menos tradicional que outros testes de proficiência, o Celpe-Bras adota métodos e técnicas baseadas em pressupostos atuais na área de ensino e aprendizagem de línguas. Por ser mais complexo, exige preparo específico. De natureza comunicativa, propõe tarefas que recriam situações reais de comunicação, integrando habilidades como compreensão de texto e produção escrita; compreensão oral e fala. Assim, através de uma tarefa pode-se avaliar mais de uma habilidade. Os conhecimentos gramaticais, bem como vocabulário, por exemplo, não são diretamente avaliados, embora sejam importantes na elaboração da atividade proposta (tarefa). Aspectos sociais e culturais dos brasileiros acabam, inevitavelmente, surgindo na maioria das questões. Não é exigido que o candidato tenha um conhecimento prévio dos temas propostos: a ideia é que todas as pessoas consigam, independentemente da área de formação, falar ou emitir comentários e, assim, mostrar suas habilidades comunicativas.
De acordo com o desempenho do candidato no exame, os aprovados são classificados em um dos seguintes níveis:
Intermediário - domínio operacional parcial da língua portuguesa, demonstrando capacidade em compreender e produzir textos orais e escritos sobre assuntos limitados, em contextos conhecidos e situações do cotidiano.
Intermediário - domínio operacional parcial da língua portuguesa, demonstrando capacidade em compreender e produzir textos orais e escritos sobre assuntos limitados, em contextos conhecidos e situações do cotidiano.
Intermediário Superior - mesmas características do intermediário, porém as interferências da língua materna na pronúncia e na escrita são menores.
Avançado - domínio operacional amplo da língua portuguesa, demonstrando ser capaz de compreender e produzir textos orais e escritos de forma fluente de assuntos variados, em contextos conhecidos e desconhecidos.
Avançado Superior - todos os requisitos do nível avançado, porém as inadequações são menores.
Para se obter a certificação é necessário o equilíbrio entre os dois módulos (Coletivo e Individual). No Módulo Coletivo quatro tarefas são solicitadas e devem ser realizadas em 3 horas. As tarefas têm sempre um propósito bem definido (escrever um texto para reclamar, relatar, elogiar, informar, opinar, argumentar, expor, instruir, agradecer, pedir, comentar, expressar atitudes, desculpar-se, justificar, persuadir, aconselhar, avisar, etc.) e um interlocutor que requer registros formais ou informais (jornal, revista, colega, amigo, chefe, autoridade, etc.).
O texto produzido pelo candidato deve estar adequado à situação de comunicação. Em outros termos, no teste são levados em conta os vários gêneros textuais: instrumentos de mensagens rápidas como e-mail, folheto, panfleto ou longos como a carta, o artigo, dentre muitos outros. O candidato precisa saber as características de cada gênero, a linguagem adequada e, portanto, estar a par de certas informações, como o tipo textual sugerido (argumentativo, descritivo ou explicativo). Por isso, é importante ter de forma clara as principais características de cada um dos itens.
As tarefas solicitadas, em geral, seguem um padrão, como escrever uma mensagem eletrônica a um amigo, uma carta apresentando sua opinião fundamentada nos pontos de vista expostos pelo autor, uma carta argumentando favorável ou contrariamente ao ponto de vista defendido, um texto sobre uma manifestação cultural, um texto de propaganda, um texto narrando a sua versão dos fatos e posicionando-se a respeito, um depoimento e outros gêneros.
NO EXAME DE PROFICIÊNCIA EM LÍNGUA PORTUGUESA, DIVIDIDO EM QUATRO NÍVEIS, ESPERA-SE QUE O CANDIDATO SEJA CAPAZ DE COMPREENDER E PRODUZIR TEXTOS SOBRE ASSUNTOS VARIADOS, DESDE MAIS LIMITADOS A MAIS FLUENTES
Durante o exame Celpe-Bras, espera-se que o candidato adapte sua fala ou escrita de acordo com o interlocutor, ou seja, se for um diálogo ou a produção de uma carta ou mensagem eletrônica a um parente, amigo ou colega deve-se usar a linguagem informal. Quando o interlocutor é o chefe ou autoridade, usar a linguagem formal. Assim, surgem inúmeras possibilidades de atividades (produção) aparentemente simples, cujo desenvolvimento deve ser cuidadosamente trabalhado.
O mundo do português como língua estrangeira
por Graziela Naclério Forte*
De maneira geral, podemos dizer que são 5 os objetivos: adequação lexical (refere-se ao uso adequado dos vocábulos); adequação gramatical (refere-se ao uso adequado das normas gramaticais); adequação ao interlocutor (linguagem formal ou informal); adequação discursiva (coesão e coerência, ou seja, a continuidade de sentido e não-contradição; paráfrase - discurso escrito, longo e difuso; operadores de junção; tempo; aspecto verbal e elipse - omissão de palavra ou palavras facilmente subentendíveis); e destaque das informações relevantes.
As tarefas de compreensão escrita exigem que o candidato conheça uma combinação de itens, como: expressões idiomáticas; finalidade e objetivo do texto; grafia; gramática; ideia central; ideias relevantes; informações específicas; interpretação das imagens (fotos, desenhos, gráficos, planilhas etc.); reconhecimento das atitudes, emoções e pontos de vista; e se o texto é baseado em fato, opinião ou pesquisa; além de ter que reescrever informações no mesmo estilo ou em estilo diferente; transferir informações para diagramas, gráficos ou tabelas; reconhecer a situação de comunicação (quem fala, para quem fala, contexto, veículo, objetivo, registro etc.); reconhecer os diferentes gêneros do discurso e o vocabulário.
Para a compreensão oral, o candidato deve demonstrar seu conhecimento no que se refere à ideia central; o vocabulário e as expressões idiomáticas. Nessa parte do exame, a correção baseia-se em critérios definidos previamente e que tomam por base uma amostragem (certo número de provas) representativa de cada tarefa.
A parte individual ou conversação tem duração média de 20 minutos e está dividida da seguinte forma: cinco minutos discutindo informações pessoais do candidato com base na ficha de inscrição; outros cinco minutos para o primeiro elemento provocador; mais cinco minutos para o segundo elemento provocador; e cinco minutos finais para o terceiro e último elemento provocador. Para isto, são utilizados gêneros textuais os quais mesclam imagens e mensagens curtas, como fotos, cartuns, quadrinhos e propagandas. O candidato deve manter um fluxo natural na conversação, evitando as interrupções e os pedidos de repetição e apresentando flexibilidade e adequação ao vocabulário quando há mudança de tópico, além do uso da pronúncia adequada tanto em relação ao ritmo como à entonação.
AQUISIÇÃO DO CERTIFICADO
No entanto, desde 1997, a Universidade de Caxias do Sul oferece aos estrangeiros de qualquer idade ou grau de escolaridade, o Certificado Internacional de Língua Portuguesa (CILP), reconhecido pela União Latina e declarado de interesse educativo pelo Ministério da Cultura e Educação da Argentina. São oferecidas três provas, independentes, nos níveis: básico, médio e superior. O candidato pode se inscrever em um dos níveis, sem que um seja pré-requisito do outro. O básico busca verificar a competência linguística do examinado em situações cotidianas e de vocabulário elementar e parcial, referência pessoal, de trabalho, rotinas, hobbies, alimentação, etc. O médio verifica a competência linguística para comunicação na maior parte dos eventos formais e informais, utilizando vocabulário adequado, abarcando temas profissionais, sociais e práticos. Por fim, o superior verifica a competência linguística necessária para um bom desempenho em situações que requerem uso avançado da língua, de todos os níveis e com abstrações.
No entanto, desde 1997, a Universidade de Caxias do Sul oferece aos estrangeiros de qualquer idade ou grau de escolaridade, o Certificado Internacional de Língua Portuguesa (CILP), reconhecido pela União Latina e declarado de interesse educativo pelo Ministério da Cultura e Educação da Argentina. São oferecidas três provas, independentes, nos níveis: básico, médio e superior. O candidato pode se inscrever em um dos níveis, sem que um seja pré-requisito do outro. O básico busca verificar a competência linguística do examinado em situações cotidianas e de vocabulário elementar e parcial, referência pessoal, de trabalho, rotinas, hobbies, alimentação, etc. O médio verifica a competência linguística para comunicação na maior parte dos eventos formais e informais, utilizando vocabulário adequado, abarcando temas profissionais, sociais e práticos. Por fim, o superior verifica a competência linguística necessária para um bom desempenho em situações que requerem uso avançado da língua, de todos os níveis e com abstrações.
Cada nível do exame é composto de 4 provas: leitura e compreensão de texto e formas linguísticas em uso (duração de uma hora, valendo 30 pontos); produção escrita (duração de uma hora, valendo 30 pontos); compreensão auditiva (duração de 40 minutos, valendo 20 pontos); e produção oral (duração de 10 minutos, valendo 30 pontos). Para ser aprovado, o candidato deve atingir 70% dos pontos, somados separadamente para as provas 1 e 2, 3 e 4. O CILP obteve reconhecimento e grande interesse dos países do Mercosul; é aplicado no Brasil, em Portugal, na Argentina, no Uruguai e no Paraguai.
O mundo do português como língua estrangeira
por Graziela Naclério Forte*
Já os Certificados e Diplomas Internacionais de Línguas Latinas de Especialidade (CEDILLES), sob os auspícios da União Latina, são oferecidos por 3 universidades de países de línguas latinas: a Universidade de Alcalá, na Espanha, a Universidade de Caxias do Sul, no Brasil e a Universidade Aberta CENTED, de Portugal. Os exames avaliam, separadamente, a proficiência em espanhol e em português empresarial do Brasil e de Portugal. Em nosso país são oferecidos, anualmente, os Certificados Básico, Avançado e Superior de Português Língua Estrangeira Empresarial. As provas estão divididas em 3 partes: compreensão escrita e conhecimentos específicos do idioma, onde são apresentados textos retirados de jornais ou revistas contendo temas econômicos; produção escrita, devendo o candidato produzir uma correspondência comercial, como por exemplo, mensagens, circulares ou cartas; e, por fim, a compreensão e expressão orais, para o estrangeiro mostrar sua capacidade de expressão oral em Português ao tratar de temas econômicos ou comerciais.
AINDA QUE NÃO CONTE NO MOMENTO COM MATERIAL ESPECÍFICO PARA NÍVEIS AVANÇADOS OU UM VOLTADO PARA CRIANÇAS, O MUNDO DO ENSINO DA LÍNGUA PORTUGUESA PARA ESTRANGEIROS SÓ TEM CRESCIDO E GANHADO NOTORIEDADE
Fundada em 1992, durante o III Congresso Brasileiro de Linguística Aplicada realizado na UNICAMP, a Sociedade Internacional Língua Estrangeira (SIPLE), tem o objetivo de promover a divulgação e o intercâmbio da produção científica; a troca de informações e contatos profissionais com instituições e outras associações interessadas em PLE e PL2; o intercâmbio cooperativo entre cursos de pós-graduação e pesquisa no que se refere à atuação docente e discente; e apoiar a criação e a melhoria de cursos de graduação e pós-graduação em PLE e PL2. Anualmente, a sociedade promove congressos, seminários e desde 2010 mantém uma publicação semestral com o objetivo de divulgar textos inéditos na área de ensino e pesquisa, em âmbito nacional e internacional. O acesso à revista é livre e imediato, através do site.
Dentro dessa perspectiva de crescimento, que atesta o vigor da área do Português Língua Estrangeira, cada vez mais eventos como seminários, congressos e conferências voltados aos professores e pesquisadores da área têm acontecido, em grande parte organizados pelas universidades federais, estaduais e particulares do Brasil. Anualmente, a Siple organiza um grande evento, como o Congresso Sociedade Internacional de Português Língua Estrangeira (Consiple) e o Simpósio Siple.
A PLE DIGITAL
Na internet, a Comunidade Fale Português, que conta com mais de 3.000 inscritos, na maioria professores de PLE que vivem tanto no Brasil como no exterior tem um papel fundamental na integração de professores de português que ministram cursos para estrangeiros. Sempre que possível, encontros presenciais são organizados. Há participantes da Austrália, Suíça, Estados Unidos, dos países da América Latina, dentre muitos outros. Para manter os participantes atualizados e abrindo uma perspectiva nova para a análise de questões pertinentes, são oferecidos, ainda, chats e workshops virtuais, na maioria das vezes gratuitos. Além de bate-papos semanais, mantém grupos de discussões em vários temas de interesse como material didático, Celpe-Bras, recomendação de livros, filmes para aulas de PLE, cultura brasileira através da música, etc. Também é possível encontrar um banco de vídeos sobre o Brasil, material que pode ser utilizado em sala de aula.
Na internet, a Comunidade Fale Português, que conta com mais de 3.000 inscritos, na maioria professores de PLE que vivem tanto no Brasil como no exterior tem um papel fundamental na integração de professores de português que ministram cursos para estrangeiros. Sempre que possível, encontros presenciais são organizados. Há participantes da Austrália, Suíça, Estados Unidos, dos países da América Latina, dentre muitos outros. Para manter os participantes atualizados e abrindo uma perspectiva nova para a análise de questões pertinentes, são oferecidos, ainda, chats e workshops virtuais, na maioria das vezes gratuitos. Além de bate-papos semanais, mantém grupos de discussões em vários temas de interesse como material didático, Celpe-Bras, recomendação de livros, filmes para aulas de PLE, cultura brasileira através da música, etc. Também é possível encontrar um banco de vídeos sobre o Brasil, material que pode ser utilizado em sala de aula.
Como é possível notar, o mundo do PLE só tem crescido e diversificado; no entanto, ainda falta muita coisa, como por exemplo material para os níveis avançados ou para o ensino do PLH ou, ainda, específico para as crianças.
SAIBA + |
Publicações Impressas Provas e Manuais Celpe-Bras dos anos de 2006 a 2011 DISSERTAÇÕES - LI, Ye. A Preparação de Candidatos Chineses para o Exame Celpe-Bras: Aprendendo o que Significa "Uso da Linguagem". Porto Alegre, dissertação de mestrado em Linguística Aplicada da UFRGS, 2009. - SAKAMORI, Lieko. A Atuação do Entrevistador na Interação Face a Face do Exame Celpe-Bras. Campinas, dissertação de mestrado/Instituto de Estudos da Linguagem, 2006. - SILVA, Ricardo Moutinho Rodrigues da. O Efeito Retroativo do Celpe-Bras na Cultura de Aprender de Candidatos ao Exame. São Carlos, dissertação de mestrado do Departamento de Linguística da Universidade Federal, 2006. SITES - Governo Brasileiro: www.brasil.gov.br/noticias, consultado em 16 out. 2011. - INEP/Celpe-Bras: www.inep.gov.br/celpebras, consultado em 16 out. 2011. - Itamaraty: www.dc.itamaraty.gov.br, consultado em 8 set. 2012. - MEC: portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=12270&Itemid=518, consultado em 16 out. 2011. - Unicamp: www.unicamp.br/~matilde/index.html, consultado em 4 set. 2012. - Universidade de Caxias do Sul (UCS): www.ucs.br/ucs/extensao/pp2/portugues/exames/cilp, consultado em 20 ago. 2012. - Universidade de Caxias do Sul (UCS): www.ucs.br/ucs/extensao/pp2/portugues/exames/cedilles, consultado em 20 ago. 2012. |
*Graziela Naclério Forte é doutoranda pela UNICAMP e mestre pela USP e professora de Português como Língua Estrangeira, Atualização e Reciclagem Gramatical para brasileiros, História da Arte e da Cultura Brasileira.
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